Um vento muito leve passa...

'O último a sair, por favor, que feche a porta e apague as luzes. Não sei por quanto tempo será esta ausência.'

domingo

A pressa de chegar num caminho vagaroso!

Tudo começa como acaba…
E em dias cinzentos, não sei se a sobrevivência está presa ao chão ou se vagueia por entre as nuvens!
O tempo é um novelo de lã, cheio de pontas soltas…
A vida um mistério sem fim!
E o destino a razão pela qual se tomou um rumo imprevisto
Andamos assim, às voltas…
Em volta de um mundo imaginário e cheio de solidão!
E assentes na terra lutamos para mudar o mundo.
Como se tivesse sido possível mudar alguma coisa sem passar por ela!
E esquecemos de nós, do querer... e reinamos pensando num futuro que não atingimos nunca!
Olhando para o que será melhor..mas que depois em nada se justifica!
E apesar do drama em que nos metemos,
Temos sempre um lugar a salvo passado um espectro de cores.
E vamos riscando assim num calendário
Todos os dias e noites…
Dando rumo a uma felicidade efémera
E acreditando um rosto queimado do tempo
Lavado pela chuva
E sujo de ar
E fica sempre aquela saudade de tudo que passou
E nunca se chega ao fim com conhecimento antecipado
E cabamos por acordar afundados numa ilusão que foi boa
Até que..ups!!
Se desiludiu na realidade..
Sonhar, sonhar...
Se assim é..para quê a calma?!