Um vento muito leve passa...

'O último a sair, por favor, que feche a porta e apague as luzes. Não sei por quanto tempo será esta ausência.'

quarta-feira

Valongo, Andebol

As mãos conhecem os rostos
E no entanto, escondem lágrimas…
O que fazer desta vida tão solta?

Sorrisos dispersos e palavras mortas nos dedos
Que encontro…
A sombra de um passado em corrida que nos persegue
E nos encanta…
Por muito mau que tenha sido o contacto,
A paixão existiu…

Aquelas músicas pirosas que tantas vezes cantámos,
As danças tolas,
Os jogos mais enfadonhos ou aqueles de pura guerra,
As noites mal dormidas,
As saídas, jantares, almoços, festas…
Os pensamentos que voaram,
As piadas, gargalhadas, surpresas, vidas que partilhámos…
As estratégias criadas…
Que posso dizer?!
Construímos um mundo em conjunto…
O que fizemos foi suficiente para não esquecer!

Uma força maior alimentada por dentro
O que nos valia o dia e caracterizava o esforço.
Serão capazes de não querer reviver?!

Apegámo-nos tanto aos momentos,
Que quase me atrevo a dizer que projectamos neles o instinto dos primeiros treinos com bola… super agarradas!
Foram menos as palavras e tão grandes as atitudes
Que nos fizeram acreditar, lutar, vencer!
Não acredito que alguém tenha tido uma paixão destas e não tenha sentido saudades!
A parte todas as parvoíces…
Valeu a pena!
E se valor não nos foi dado,
Nada afectou!
Porque nem o orgulho em vestir a camisola desapareceu
E a vontade de voltar ainda existe...
Um dia destes, quem sabe…
É com admiração que guardo a nossa vida para contar.

Á nossa!